segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ferrock 2011 - Encontro do rock com a cultura popular da Região Norte

O FERROCK 2011.
             O FERROCK – o festival mais antigo da Região Centro-Oeste, e um dos mais antigos do Brasil, chegou a sua 26ª edição com grande expectativa, mas as coisas não saíram como o planejado pela organização, esperando um apoio do governo que não veio, por razões que não ficaram bem claras para o público em geral, mesmo com explicações na grande imprensa, notas oficiais e trocas de farpas. A verdade é que, apesar de todos os problemas, o FERROCK foi realizado. O produtor Ari Barros declarou ao jornal Correio Braziliense em tom de desabafo: "Querem nos destruir, mas não conseguirão!"

O que aconteceu          
          Na intenção de homenagear  a Região Norte, a produção fez contatos e acertou a vinda das bandas HELLFIRE CLUB, DISCÓRDIA, MINIBOX LUNAR, VELUDO BRANCO, MATA BURRO, BRUTAL EXUBERÂNCIA e DELINQUENTES.
          A expectativa é que se apresentação no sábo, dia sábado 22 de outubro de 2011, as bandas HELLFIRE CLUB, que desembacaria de Roraima para mostrar no DF seu heavy-metal com flertes hard-rock; já a acreana DISCÓRDIA era aguardada para construir seu grind seu de referências metal e hardcore;  Do Amapá partiria a guerreira MINIBOX LUNAR para dar vez ao rock garagista e cheio de influências de diversas vertentes roqueiras; Já a VELUDO BRANCO, de Roraima, mostraria na capital federal todo o charme e o glamour de seu competente e vigoroso hard-rock curtido em um rock’n’roll de primeira. Nesse mesmo taqmbém foram escaladas IN THE SHADOWS (de Anápolis, que representou e muito bem a cena metálica goiana no Metal Battle / Wacken Brasil 2011, ocorrido em Varginha (MG), em junho, com seu doom-black metal) e as brasilienses DEPENDÊNCIA PULMONAR (hardcore), DARSHAN (grunge), TRAMPA (rock nacional), BRAZILIAN BLUES BAND (blues) e TERROR REVOLUCIONÁRIO (hardcore). O encerramento ficaria por conta do excepcional bluseiro brasileiro ANDRÉ CHRISTOVAM.
            No domingo, dia 23 de outubro de 2011, mais bandas da Região Norte subiriam ao palco:  BURRO (crossover produzido em Tocantis), BRUTAL EXUBERÂNCIA (brutal death-metal vindo do grande pulmão do mundo, ou seja, Amazonas) e a paraense DELINQUENTES, uma veterana no front do hardcore brasileiro. Outras ilustres visitantes seriam a capixaba MASS EXECUTION (death-metal) e a campinense RESTOS DE FEIRA (grind / crossover). Nesse domingão. Nesse domingo, as bandas brasilienses ACID SPEECH (thrash-metal), REBEL SHOT PARTY (rock punk) e DFC (hardcore) seriam as anfitriãs. Ninguém mais menos que a SEPULTURA, que foi uma das grandes estrelas do Rock in Rio 2011  se apresentaria pela primeira vez na cidade satélite da Ceilândia fechando a 26ª edição do FERROCK FESTIVAL Promovendo o encontro do rock com a cultura popular, o GRUPO PELINSKY (de carimbo) foi anunciado para sábado e o BOI-BUMBÁ DO AMAZONAS no domingo. Infelizmente, essa programação não pode ser cumprida por um desencontro entre a produção do FERROCK e a o GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL.

Apoio das bandas locais

       O público que compareceu nos dias 22 e 23 de outubro de 2012 à Praça da Administração da Ceilândia não se conformou em ver a 26ª edição do FERROCK FESTIVAL esvaziada.  Em ambos os dias os portões foram abertos às 14 horas, com  ingresso  somente 01 (um) quilo de alimento não perecível. As principais atrações, que viriam de outros estados, foram o motivo do esvaziamento do 26º FERROCK. Quando a organização divulgou a notícia que o dinheiro para o cachê e despesas de transporte e estadia não seriam liberados em tempo hábil pela Secretaria de Cultura do DF, o público em geral crucificou a organização do evento,  mas o FERROCK resistiu pela fidelidade dos roqueiros presentes, ainda que poucos, e pelo empenho das bandas locais que resolveram apoiar a produção do evento e tocar, mesmo com uma plateia pequena. Faltou ao grande público retribuir tudo que o festival representa. faltou também consideração com os músicos que decidiram tocar, mesmo diante de tanta controvérsia. Era preciso apoiar as bandas do DF e Entorno, que inúmeras vezes tocaram sem infra estrutura ou verba do governo, e também muitas vezes sem cobrar ingressos, somente pela manutenção da cena local.