terça-feira, 12 de junho de 2012

O Buraco era mais embaixo....


Página do Zine Oficial número 05,
publicação impressa de 2007.
Com satisfação, li uma nota publicada dia 11 de junho de 2012 no Espaço de Divulgação do Movimento Brasília Capital do Rock, uma página do FaceBoock. Na nota, o coordenador geral do Movimento e vocalista da banda Trampa, André Noblat, informa sobre decisões de uma reunião do grupo.

Abro aspas para um trecho da nota assinada por Noblat: “Reunião muito boa hoje (... ) reforçando, dia 24 (junho de 2012) ocupação no Buraco do Tatu, abaixo da rodoviária. Rebatizaremos o local como Buraco do Rock e começaremos a realizar uma série de ações por lá. Desde já, fazendo justiça a galera da produção, encabeçada pela Eli Moura que fala pouco e faz muito... e tá colocando a mão na massa e no bolso pra reunir a galera!”. Fecho aspas.

O motivo de minha satisfação ao ler a nota foi justamente o detalhe que fala sobre o Buraco do Rock, o que acho uma ótima iniciativa, principalmente pelo nome, apesar de não saber bem se é uma referência direta a uma ação histórica do primeiro Movimento de Rock organizado do Distrito Federal, a ACBRock, provavelmente a primeira associação do gênero no Brasil. O fato é que alguns integrantes da antiga Associação Cultural Brasiliense do Rock, estão participando do novo Movimento, não sei até que ponto influenciando, ou não, a escolha do nome para o novo local, já que o antigo Buraco era mais embaixo, a poucos metros do proposto agora.

Infelizmente, a nota do Movimento Brasília Capital do Rock não cita para conhecimento dos mais novos roqueiros do DF e Entorno que o Buraco do Rock Original era mais embaixo, na passarela de pedestres do antigo Touring. Fui a muitos shows no Buraco do Rock e testemunhei a luta da Associação na época. Na edição número 5 do Zine Oficial, publicada em 2007, relembrei com saudosismo a história que começou e terminou na década de 1990. No entanto, na ocasião também reportei falhas do velho espaço: “Com apoio de lojistas do CONIC, a ACBROCK cercou e pintou a passarela (próxima ao antigo Touring) a partir de 1996, promovendo eventos com bandas do DF e de outros estados, afastando toda antiga clientela (traficantes e usuários de drogas e  prostitutas), revitalizando o lugar. No entanto, sob justificativa do tombamento de Brasília, os roqueiros foram expulsos do BURACO. Ali deveria voltar a ser uma passagem subterrânea para pedestres, seguindo o planejamento urbanístico original de Lúcio Costa. Apesar de ter marcado época, ninguém vai ver de novo o Rock no BURACO (original). Ouvir, então, nem pensar. A acústica, pra falar a verdade, era bem ruim (...) o governo não pode é esquecer que o Rock também é patrimônio de Brasília, merece um espaço público de fácil acesso no Plano Piloto e mais incentivo para as bandas que estão começando”. Tomara que o Buraco Novo satisfaça aos desejos de todos nós roqueiros, no bom sentido e na interpretação que melhor se adequar ao prazer de cada um. Espero também que o governo atual e também os novos governos não resolvam foder com tudo novamente. Para isso, é importante a mobilização de, saudosistas ou novos entusiastas do rock candango.

Para que as novas gerações não façam confusão, decidi postar na íntegra a matéria na qual falo sobre o Buraco do Rock original, publicada no Zine Oficial número 5, em 2007, com título panfletário: “A Capital do Rock tem que cuidar do seu patrimônio”, em referência ao estilo musical que tanto contribuiu para a divulgação cultural de Brasília e cidades próximas.

  (Tomaz André)


Para ler as páginas do Zine Oficial 
número 05 com reportagem publica
]em 2007 sobre o Buraco do Rock original, 

Um comentário:

  1. Olá Galera, tudo bem?
    Sou da assessoria do Brasília de Todos os Cantos, um projeto que reune cinco bandas independentes do DF. No final do mês, faremos um evento em Santa Maria. Serão dois dias de festas, com shows de oito bandas, atrações infantis e feira de artesanto. Como podemos passar o material para vocês? O nosso e-mail é comunicacao.btc@gmail.com

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